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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Turismo Educação

Turismo Educação
 
Por Maria de Lourdes Guerra
 
Frequentemente deparamos com a realidade de jovens sentindo um profundo vazio, sem ânimo de vida, sem planos para o futuro, com depressão; com problemas graves de saúde; com a crescente população de dependentes de drogas, contudo esta triste realidade não atinge somente os jovens e crianças ela tem um alcance global e encampa todas as classes sociais e faixas etárias. 
A tecnologia tem avançado consideravelmente e os seres humanos não têm alcançado o entendimento de seu uso; da sua praticidade; de suas facilidades, e com seu uso indiscriminado está suplantando o essencial para o ser humano; o amor, o dialogo, o aprendizado; o discernimento de que duas coisas nunca ocupam os mesmos espaços no mesmo tempo. Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento de baixo dos céus.
Apesar do grande avanço da tecnologia, a dependência deste meio de comunicação está trazendo efeitos maléficos para a maioria das pessoas em especial aos jovens, pois tendem a ficar sem experiências e expectativas de vida, culminando com um grande problema principalmente nos processos seletivos na hora de procurarem colocação no mercado de trabalho em face da falta de capacidade argumentativa em dinâmicas e entrevistas.
Ganhamos volume, mas perdemos um pouco da profundidade. Já não temos diálogos. Lemos muito menos literatura. Os filmes, teatros, galeria de arte ganham cada vez menos espaço. E a capacidade de argumentação vem justamente da experiência da complexidade, da riqueza da linguagem, dos sentimentos humanos.
É comum vermos pessoas o tempo todo ligado numa rede social, sem perceberem o lugar em que se encontram; aquilo que foram ver ou curtir; não estão aproveitando o plano primeiro: distrair, reencontrar amigos; tomar um gostoso lanche ou refeião; ganhar conhecimento; ver coisas novas.
Os pais com a preocupação na educação, em dar uma vida boa a seus filhos; no progresso dos mesmos ou no conforto dos adultos, desenfreadamente buscam as mais novas tecnologias, instalando-as em cada cômodo de suas casas, afastando assim seus ocupantes do bom diálogo, da boa leitura, de uma convivência mais saudável. 
E se perguntarmos a esses pais o que eles querem dizer com uma "vida boa", provavelmente responderão, em primeiro lugar, não passar por dificuldades econômicas e ter uma vida confortável, com menos violência.
Todos os seres vivos estão equipados com um mecanismo que lhes possibilita distinguir o que é "do bem", isto é, o que lhes ajuda na reprodução e na manutenção da sua vida, e o que é "do mal", aquilo que prejudica a sua vida. Nos seres vivos mais simples, esse mecanismo faz parte da sua própria constituição biológica. No nosso caso, precisamos, além desse mecanismo biológico, de um mecanismo cultural que nos permita distinguir quem são as pessoas "do bem" e as "do mal." Sem essa distinção, não conseguimos organizar nossas relações com objetos e pessoas do nosso ambiente e, portanto, não conseguimos tomar decisões na nossa vida. 
Sem um sentido último da vida, não conseguimos estabelecer certa direção para a nossa vida. E sem essa direção, não logramos ter um horizonte de compreensão que nos dê sentido a coisas, fatos e pessoas e determine os valores de cada um. 
Entretanto, hoje pouco falamos sobre o sentido da vida e da Educação, o "para que", e estamos concentrados quase que exclusivamente no método e na técnica de "como" educar. Isto revela que um sentido da vida e da Educação se tornou vitorioso e foi imposto à sociedade. Quando o sentido da vida dominante na sociedade já não é nem mais discutido, é hora de repensarmos nosso papel de educadores e construtores de um mundo melhor.
Vivemos em uma sociedade onde o sentido último é ganhar mais para consumir mais; e o viver bem foi identificado com consumir mais. A vida sem consumo de mercadorias de grife se tornou insuportável e sem nenhum encanto. E como não queremos viver uma vida desencantada, fria e sem graça, corremos atrás de mercadorias que encantem as nossas vidas. Ir ao shopping center para fazer compras quando nos sentimos "desanimados" (sem alma/vida) ou meio "chateados" (parecendo que a nossa humanidade ficou diminuída, achatada) é uma expressão clara desse fenômeno. O sentido da vida não está mais na vida mesma, no encontro das pessoas na amizade e gratuidade, mas em consumir mercadorias. 
Os desafios são muitos, porém a vontade de encontrar uma saída para vários problemas que afetam muitos jovens e idosos, leva-nos a debruçar com muito interesse para salvaguardá-los, principalmente no que diz respeito ao sentido da vida que eles devem ter, ou seja, que podem descobrir na convivência de uns com os outros; na escola; no lazer; na sociedade e no ambiente em que vivem algo que lhes de ânimo.  
A satisfação momentânea e intensa faz com que a pessoa busque de forma descontrolada um caminho de escravidão. A tão sonhada felicidade acaba sendo substituída pelas consequências da dependência física e psicológica culminando com resultados que afetam a própria vida em sociedade.
Amar é a principal fonte para formar jovens felizes que é papel fundamental dos pais, pois se sabe que só aprende amar quem é amado. A boa consciência; diálogo; carinho; olhar; sorriso e pequenas atenções dos pais ou de que os substitui são importantes para uma passagem saudável da infância para a adolescência, desta para a juventude e dessa para a vida adulta. Como o amor gera o amor, estas sementes lançadas num solo árido, mas que está sendo adubado através de um tratamento adequado, só poderá gerar vida. Portanto, enquanto há condições, é possível encontrar o caminho de volta e se atirar nos braços do Pai de amor e bondade que nos criou para a vida e não para a morte.
 

 

                                                       CONCLUSÃO                          
Nesta sociedade tão cheia de desafios podemos buscar com frequência os sentidos para melhorar as atitudes menos agressivas apntando caminhos.
Com certeza você tem um parente, amigo, um grupo familiar, social ou de trabalho, que lhe traz boas recordações.  
Com ajuda de um guia de turismo tudo isso é possível empregando um esforço gigante que o ser humano pode fazer.
Que tal relembrar os bons tempos e enumerar as receitas; os lugares das boas lembranças; as fotografias; as histórias da vida deste grupo e encaminhá-las a um guia de turismo!  
Ele fará um estudo das necessidades do grupo ou dos anseios dele e proporcionara um encontro naquele local, ou semelhante àquele descrito para reunir seu grupo e assim resgatar aquelas histórias; saborear aqueles sucos; aqueles bolos, o leite puro; o queijo; as pescarias etc.

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