Turismo Adaptado no Brasil
Por Cleici Pinheiro
O turismo está representando
hoje no Brasil 2,6% do PIB nacional e está movimentando mais de 400 bilhões de
dólares por ano. Só no turismo interno 80% da movimentação é do turismo. Esses
números são facilidades que hoje as agencias proporcionam, com pacotes de baixo
custo.
Mas você acha
que é tão fácil viajar pra qualquer pessoa? Calcula-se que em todo o mundo
existam 500 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, no Brasil são
24,5 milhões. Quais roteiros você conhece para essas pessoas?
Na cidade de
Socorro, a 138 km de São Paulo, é um ótimo exemplo de roteiro adaptado. O Ministério
do Turismo reconheceu por ser a cidade turística mais acessível no Brasil.
Também tem
outras cidades que já estão investindo nessa área. Em Fortaleza já pode se
encontrar locais como Teatros com rampas e visitas com educador para pessoas com
deficiência visual e auditiva.
Já em São
Paulo, na Pinacoteca tem exposições que tem catálogos em braile e em audioguias
para pessoas com deficiência visual, além das rampas. O Teatro da Vivo tem
peças de teatro que são traduzidas em libras.
Uma das maiores dificuldades é
a acessibilidade para os deficientes viajarem. Nos aviões os assentos devem ser
reservados com muita antecedência. Os taxis adaptados estão em falta nas
grandes capitais. Um exemplo são as viagens de ônibus, as empresas de
transporte rodoviário, a maioria deles não possui elevadores.
(Foto:Turismo Adaptado)
De viver em seu dia a dia com esse e outros problemas a cadeirante e fonoaudióloga Andrea Schwarz resolveu viajar com o seu marido nas principais capitais do Brasil.Dai surgiu o guia Brasil para todos, “sempre gostei muito de viajar independente da minha deficiência. Por isso procurei guias brasileiros que trouxessem informações de turismo acessível, mas não havia nenhum”, diz Andrea.
Para ela não existe cidades inacessíveis, mas
algumas tem uma grau de facilidade e outras de dificuldades, “São Paulo está
mais bem preparada com relação a condição dos estabelecimentos, já em Curitiba
com a infra estrutura pública”, completa a fonoaudióloga.
Outro exemplo é o Ricardo Shimosakai, Turismólogo e cadeirante, que se dedica à acessibilidade no turismo brasileiro, com a organização
Turismo Adaptado e que trabalha com acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida no
lazer e turismo. Um
enfoque pouco segmentado, pois mesmo assim o campo de trabalho é enorme, mas
o objetivo maior é o turismo para todos.
Para saber mais:
Guia Brasil para todos: http://www.brasilparatodos.com.br/
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