Comidinhas de São Paulo

COMIDINHAS DE SÃO PAULO
Por Adriana Omuro

Na capital paulista há diversos tipos e sabores da culinária brasileira e de diversas partes do mundo. Quem vem a São Paulo não pode deixar de experimentar pelo menos alguns destes quitutes na primeira visita e depois voltar mais vezes para conferir outras delícias. Confira a seguir algumas dicas de beliscos (doces ou salgados) bem pertinho de onde você está visitando.

Créditos: Adriana Omuro e Divulgação

Coxa Creme da Padaria Santa Tereza
A padaria Santa Tereza, fundada em 1872, fica logo atrás da Catedral da Sé. Vale provar a deliciosa Coxa Creme, sua receita possui mais de 130 anos de tradição. Peça um guaraná para acompanhar.
Praça Dr. João Mendes, 150 – Sé. Próximo ao metrô Sé.
Tel.: (11) 3101-9631
www.padariasantatereza.com.br

Horário de funcionamento: seg.-sáb. (6h-22h); dom. (7h-21h)

Pastel Japonês do Yoka
Os pastéis, sempre premiados por diversos guias gastronômicos da cidade, são realmente muito bons. Com recheios fartos e massa sequinha, preparados na hora. Experimente o exclusivo Pastel Japonês! Ou a esfiha de berinjela! Um suquinho de caju vai muito bem com qualquer um deles.
R. dos Estudantes, 37 – Liberdade – Próximo ao metrô Liberdade.
Tel.: (11) 3207-1795
www.yoka.com.br

Horário de funcionamento: seg.-sex. (9h-20h); sáb. e dom. (9h-19h)

Ichigo Daifuku (Moti recheado de doce de feijão com morango) no Bakery Itiriki
Essa padaria oriental tem um serviço diferenciado em que o próprio cliente se serve. São tantas guloseimas que dá vontade de provar todas. Dê atenção para as iguarias orientais como o Kare pan (pão de curry), Nikoman (pão chinês cozido do vapor recheado), Suco de Pobá (tradicional bebida Taiwanesa) e o Ichigo Daifuku (doce de feijão com morango). Muito bom!
R. dos Estudantes, 24 – Liberdade
Tel.: (11)3277-4939
www.bakeryitiriki.com

Horário de funcionamento: Diariamente (8h-19h); Feriados (8h-18h)

  

Takoyaki (Bolinhos de polvo) na Feira da Liberdade
Passeando pela Liberdade no domingo? Vale a pena enfrentar a usual multidão para experimentar os bolinhos com recheios cremosos de polvo (tem na versão com camarão também), assados em uma chapa na hora. Com certeza irá voltar mais vezes para a repetir a dose.
Praça da Liberdade
Horário de funcionamento: Apenas aos domingos. (8h-18h)

Açaí na tigela do Posto do Açaí
Que tal uma paradinha para repor suas energias e se refrescar tomando um delicioso açaí? Pertinho da Av. Paulista dentro de um posto de combustível você encontra o Posto do Açaí, onde é preparado um dos melhores açaís da cidade. Acompanhado com banana fatiada e granola, aí sim, está perfeito!
R. Vergueiro, 1694 - Paraíso
Tel.: (11) 5549-1987
www.postoparaiso.com.br
Horário de funcionamento: Diariamente.

Pudim de Leite do Shoshi Deli Shop
Quem está passeando na região da Luz ou Tiradentes, ou comprando nas lojas da José Paulino, precisa desviar um pouco o caminho e provar o pudim de leite do restaurante judaico Shoshi Deli Shop. É realmente inesquecível! Antes de deliciar a sobremesa, você pode almoçar, pois a comida é também muito boa. 
Rua Correia de Melo, 206 – Bom Retiro
(11) 3228-4774
Horário de funcionamento: seg.-sex. (11h30-16h); sáb. (10h-15h)

Pão na Chapa “Boa” da Padaria Boulevard
Pão na chapa é o item mais pedido nas padocas de São Paulo, mas a “Boa” só se encontra na Padaria Boulevard. Começar o dia com um pão na chapa feito com uma baguetinha de provolone com manteiga coberta com requeijão, hummm, é a melhor pedida. Vale lembrar do pingado (café com leite) como acompanhamento!
Rua Piauí, 270 - Higienópolis
Tel.: (11) 3159-0924
www.padboulevard.com.br
Horário de funcionamento: seg.-sáb. (6h-22h); dom. e feriado (6h30-21h30)

Pão de queijo do Lá na Venda
O pão de queijo de verdade pode ser encontrado no charmoso bairro de Vila Madalena, mais especificamente no Lá na Venda. Ele é feito com o verdadeiro queijo da Serra da Canastra e polvilho de qualidade. Com uma tubaína Cotuba não é nada mal. Outros quitutes típicos brasileiros expostos no balcão são de dar água na boca.
R. Harmonia, 161 – Vila Madalena
Tel.: (11) 3037-7702
www.ladavenda.com.br

Horário de funcionamento: ter.-sex. (11h-21h); sáb. (10h-21h); dom. (10h-17h30)

Sucos Naturais do Don D’Aju
Localizado no Mercado Municipal, essa casa de sucos prepara sucos naturais de grande variedade de frutas, até as mais exóticas. Refresque-se tomando um suco de tangerina bem gelado.
Mercado Municipal Paulistano
R. da Cantareira, 306 – Sé. Próximo ao metrô São Bento.
(rua K box 19)
Tel.:(11) 3313-4396
www.dondaju.com.br

Horário de funcionamento: seg.-sáb. (6h-18h); dom. e fer. (6h-16h)

Bolinhos da Padaria do Mosteiro de São Bento
Os monges-padeiros beneditinos preparam deliciosos quitutes que estão à venda no Mosteiro de São Bento e em uma loja nos Jardins. Apesar de ser um pouco caro, vale a pena degustar os bolinhos que vem em versões minis. Comece pelo Laetare, feito à base de farinha de amêndoas, ovos, canela e limão. Divino!
Largo de São Bento, s/n – Centro
Tel.: (11) 3328-8799
Horário de funcionamento: seg.-sex.(7h-18h); sáb.(7h20-12h30); dom. (11h-12h)
R. Barão de Capanema, 416 - Jd. Paulista
Tel.: (11) 3063-0522
www.padariadomosteiro.com.br
Horário de funcionamento: seg.-sáb.(9h-18h30); dom.: fechado

           Empadinha da Casa Godinho
A Casa Godinho aberta desde 1888, recebeu o prêmio de melhor empada pela Veja São Paulo em 2012. O segredo do sucesso são os recheios, sempre cremosos. Saboreie a empadinha de camarão!
R. Líbero Badaró, 340 – Centro. Próximo ao metrô São Bento
Tel.: (11) 3105-1625
www.casagodinho.com.br

Horário de funcionamento: seg.-sex. (7h-19h); sáb. (até às 13h); dom.: fechado

Cassata da Sorveteria Alaska
Essa tradicional sorveteria conserva ainda o ambiente e os produtos clássicos de uma sorveteria de antigamente, como a banana split, colegial e o sundae. Experimente a Cassata, uma deliciosa torta de sorvete.
R. Doutor Rafael De Barros, 70 - Vila Mariana
Tel.: (11) 3889-8676
Horário de funcionamento: seg.-qui. e dom. (11h-0h); sex. e sáb. (11h-1h)

Sampa: Aqui também tem Carnaval

SAMPA: AQUI TAMBÉM TEM CARNAVAL

Venha para o carnaval de São Paulo e descubra como ele é fascinante
 

Por Edemilson Cerqueira Santos

O carnaval chegou ao Brasil em meados do século XVII, influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Embora sua origem seja europeia, muitas personagens foram incorporadas ao carnaval brasileiro, como rei momo, pierrô, colombina etc. Já no século XX começa no Brasil os blocos, as marchinhas, cordões etc. Nessa época as pessoas passeavam com seus carros decorados, surgindo então a idéia do carro alegórico. A primeira escola de samba foi criada no Rio de Janeiro em 1928 “Deixa Falar", hoje conhecida como Estácio de Sá.

 

Fotógrafo Anônimo

Com a evolução do carnaval criou-se as organizações chamadas de "Liga" sendo  no Rio de Janeiro LIESA – Liga independente das escolas de samba e em São Paulo LIGA das Escolas Samba. Em São Paulo o primeiro carnaval foi organizado pela prefeitura, composto por blocos e cordões inclusive pela escola "Camisa Verde e Branco",  na década de 50 acontece o primeiro desfile, mas, oficialmente só aconteceu em 1968 na Av. São João e a campeã foi a Nenê de Vila Matilde. No ano posterior foi criada a Anhembi S.A, para tomar conta do evento, transferindo o mesmo para a Av.Tiradentes.

Em 1991 no mandato da prefeita Sra. Luiza Erundina, foi construído o Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo (Sambódromo do Anhembi).
Desde então as escolas que mais ganharam títulos foram Nenê de Vila Matilde, Vai-Vai, Camisa Verde e Branco, Mocidade Alegre e Rosas de Ouro.

 

 

O desfile das escolas do grupo especial em 2013 acontecerá em dois dias e será composto por 14 agremiações. 
 

Foto de Evelson de Freitas/AE

Mas dentro das 14 escolas, temos a mais bela " Unidos de Vila Maria"
.
G.R.C.C. E.S Unidos de Vila Maria
Suas Cores: Azul, Verde e Branco
Fundada em 10/01/1954
Presidente Serginho
Enredo 2013 "Made in Korea"
Acesse nosso site: www.unidosdevilamaria.com.br

Não perca mais tempo! Escolha a sua escola de samba,

e venha fazer parte dessa grande folia!

 

Acesse www.ligasp.com.br para maiores informações.

                                                    

Um pedaço do "Paraíso" em Tocantins

O Tocantins é um Estado que tem muitas belezas naturais, o Parque Estadual do Jalapão é um grande exemplo disso.

 Por Grégori Patrício

Localizado no coração do Brasil, o Estado do Tocantins tem belas paisagens naturais o Parque Estadual do Jalapão é um dos locais mais belos do país, fica ao leste do Estado. Com uma paisagem rica e variada desenhada por serras e planícies cobertas pelo cerrado, cheias de rios e cachoeiras.

O Parque Estadual do Jalapão é um território muito grande e de difícil acesso por suas estradas, quando chove fica mais complicado de trafegar por elas.

Porém todo o sacrifício é válido e recompensado com uma natureza intacta e esplendorosa. O turista fica encantado com tanta beleza!

Três cidades principais são utilizadas como base para os turistas conhecerem os encantos do Parque Estadual do Jalapão, são elas: Ponte Alta, Mateiros e São Félix do Tocantins. Entre uma cidade e outra são feitas paradas para os visitantes conhecerem as grandes atrações da região. A cachoeira da Velha é a maior do local com um grande volume de água, que lembra as cataratas do Iguaçu, bem próximo a ela existe uma prainha de águas mansas cercadas por matas. Os fervedouros é uma atração fantástica para os turistas. A ressurgência da água é tão forte que o corpo não afunda mesmo que os banhistas queiram. As dunas do Parque Estadual do  Jalapão também são um encanto, ao cair da tarde pode se contemplar um pôr do sol maravilhoso. Na comunidade de Mumbuca é possível conhecer e comprar objetos artesanais do capim dourado um mato nativo do Parque Estadual do Jalapão.

O Parque Estadual do Jalapão é um lugar perfeito para quem gosta de turismo de aventura e ecoturismo, pois é possível fazer rafting, trilhas, mergulhos, acampamentos etc.

Um dos pontos que necessita de uma melhora urgente é a infraestrutura do Estado e mão de obra especializada, segundo o Cadastur, estão cadastrados 39 guias de turismo, 95 meios de hospedagens, 23 transportadoras turísticas em todo Estado do Tocantins. (www.cadastur.turismo.gov.br)

O Parque Estadual do Jalapão tem muito a crescer, basta ter um incentivo maior dos governantes e empresas privadas para que o local passe a ter um alto fluxo de turistas igual a locais consagrados como, por exemplo, Bonito-MS.          

      

Para saber mais:

Ressurgência: Ação ou efeito de ressurgir.
Geologia Reaparecimento de um lençol de água subterrâneo ao nível da superfície, formando geralmente uma grande fonte ou manancial.

(http://www.dicio.com.br)

Jalapão: Planta e raiz medicinais, o mesmo que tiú.

(De jalapa)

(http://www.dicionarioweb.com.br)

Capim dourado: O capim dourado é uma espécie de capim que existe somente na região do Jalapão, localizado no estado do Tocantins, com a palha do qual se faz artesanatos, tais como: pulseiras, brincos, chaveiros, bolsas, cintos, entre outros.

(pt.wikipedia.org/wiki/Capim_dourado)

Fervedouro - Parque Estadual do Jalapão (TO)

Rafting na Cachoeira da Velha-Parque Estadual do Jalapão (TO)

                                       Fotos: (http://jalapao.to.gov.br/atrativos/74)

A Voz do Guia

A VOZ DO GUIA

Qualidade de voz, se  relaciona com taxas de sucesso

Por Edson Oliveira

O que  faz uma pessoa ter voz diferente uma da outra? Basicamente, diferenças nas pregas vocais e no formato anatômico da região que vai da laringe à cavidade nasal. A voz é uma das características mais exclusivas que a gente tem, tanto que até gêmeos idênticos possuem vozes distintas, ai que entra a individualidade de cada um, o seu poder de chegar onde desejar. O guia tem esse poder, pode ir muito além de apontamentos turísticos  basta ele querer. Um guia com o devido conhecimento do meio em que vive leva informações preciosas, e pode ser um grande formador de opinião, que,  agrega valores sociais e econômicos para uma sociedade.

Foto: Edson Oliveira

Tem coisas na vida que nunca vão mudar, um momento só é bom se tiver alguém para confiar, o guia tem este papel da credibilidade. A voz é importante de ser ouvida, porém temos que apurar a nossa sensibilidade para também ouvir, como devemos fazer para o mundo nos ouvir, no entanto primeiro temos que acreditar em nosso discurso. Como convencer as pessoas a participarem de nossas ideias, ideologias, por meio do nosso tom de voz? Usando fluência verbal, tom e altura da voz. Vamos avaliar nossa comunicação através da voz, é o que as pessoas entendem e percebem o que você quer dizer, temos que encontrar nossas ferramentas naturais, primeiro trabalhar corpo e a postura. Uma das ferramenta é a voz a forma que você vai transmitir sua emoção, outra ferramenta é a  que está dentro da voz são as entonações que pode falar uma coisa e esta dizendo outra. Temos que usar essas ferramentas de forma adequada temos colocar em prática nosso potencial, pois sempre podemos ser melhor do que já somos.

A foto a qual eu escolhi é de David Moreno provém da 30ª Bienal de Artes – 2012, ela retrata a mortalidade do nosso corpo, da vida e da morte utilizando a figuralidade do som, que também pode ser vista como , liberdade de expressão e muitas outras coisas.

Para saber mais:  www.bienal.org.br 

 

 

Turismo Animal

Turismo Animal

Por Patrícia Matsuo

Além de amar viajar, sempre fui apaixonada por cães. Mas toda vez que ia viajar, ficava preocupada em deixar o Tico (meu labrador) sozinho. Como o adotei, ele não fica bem com estranhos, então os hotéis para cachorro nunca foram uma opção. Comecei a procurar na internet pousadas e hotéis que aceitassem cães e descobri uma infinidade de lugares pet friendly (onde os animais de estimação são bem vindos)! Atualmente há hotéis, pousadas, restaurantes, cafés, cinemas e muitas outras opções para quem gosta de viajar, mas não quer deixar seu bichinho em casa, ou mesmo para quem quer curtir sua cidade na companhia dele.

    O Tico amou nadar na cachoeira!! – Paraty/RJ (Fonte: acervo da autora)

Há agências de viagens especializadas em turismo “animal”. A classificação não é oficial, mas é como vem sendo chamado no mercado do Turismo. Essas agências montam roteiros para pets e seus donos. É uma ótima oportunidade para você e seu animal de estimação socializarem com outras pessoas e animais, e para fazer trilhas e até mesmo rafting, para os pets (e donos) mais corajosos.

Outra opção interessante é conhecer sua cidade com seu bichinho. Como moro em São Paulo conheço mais lugares aqui, como, por exemplo, o “cãonhecendo São Paulo”, que faz passeios pelos principais pontos turísticos da cidade e conta com um guia de turismo e dois adestradores para acompanhar o grupo de aproxidamente 35 pessoas com seus cães pelos atrativos (os cães não podem entrar nos atrativos e ficam com os adestradores enquanto seus humanos fazem as visitas internas). O city tour custa por volta de R$ 70,00 por pessoa e R$ 40,00 por cão e inclui um almoço vegano (apenas com alimentos de origem vegetal), e tem uma duração média de 3 horas. O local de encontro é a MatilhaCultural, outro lugar que gosto muito. Lá você encontra exposições de arte, cinema e outras atrações onde os pets são bem vindos. Já o site aquipode.com – na opção “aqui pode totó” – tem bares, restaurantes, cafés e outros locais nas principais capitais e em algumas outras cidades. Você também pode contribuir com o site, caso tenha algum lugar pet friendly na sua cidade, e que não esteja no site.

Mas antes de fazer as malas do seu pet, atente para alguns detalhes para que a viagem de vocês seja prazerosa e segura. Faça um check-up da saúde do seu animal com seu veterinário, não esquecendo de colocar as vacinas dele em dia. Para uma primeira viagem procure um local próximo à sua casa para ver como o bichinho fica durante o trajeto e se ele não estranha ficar longe de casa (dica: leve sempre algum objeto com o cheiro do seu animal, como uma almofada ou cobertor; para eles os cheiros são muito importantes, e vai fazer com que ele se sinta mais aconchegado na viagem). Faça paradas a cada 1 hora para seu pet tomar água, fazer suas necessidades e andar um pouco. E procure viajar nos horários mais frescos do dia, evitando o calor excessivo.

     Eu e Tico fazendo caminhada – Extrema/MG (Fonte: acervo da autora)

 

 

      Pronto, agora é só pegar seu pet e pé na estrada!!

 

Para mais informações acesse:
http://patageiros.wordpress.com/

http://doc-dog.com/

 

Turismo como Libertação

Por  Renato Mascarenhas

Foto: Renato Mascarenhas

       Você prefere viajar para Disney, para um Resort, para Índia, ou Bolívia?

Algumas pessoas escolhem viajar para um mundo  de fantasias, onde há uma substituição da realidade por  uma representação imaginária. Outras encaram destinos  que enfrentam a dura realidade da miséria.

A primeira vez que fui para a Bolívia, em 2004, vi  muita miséria. Mesmo acostumado com as pessoas em situação de rua no centro de São Paulo, uma caminhada pelo centro de La Paz me chocou, de cara vi uma criancinha andando descalça no gélido inverno, rosto queimado pelo frio e olhos carentes. Pouco depois uma senhora estirada ao chão, suja, doente, seu olhar desesperado clamava por ajuda. Em 2007 voltei para Bolívia, passando por lugares bem remotos, abandonados, sustentados por eventuais turistas.

Muitas vezes o turismo provoca esse encontro de culturas diferentes, podendo trazer uma proximidade entre elas, vencendo o abismo que há entre os polos emissores e receptores, turistas e oprimidos.

Nas novas formas de turismo, como o turismo alternativo, turismo voluntário, turismo humanitário, entre outros, o turista tem a possibilidade de viajar para reconhecer o Outro na sua diferença, sensibilizando-se e responsabilizando-se pela situação.

Ao visitar uma cultura oprimida, percebemos que o Outro solicita a nossa solidariedade a partir da exposição da sua corporeidade sofredora. Essa solicitação nos ordena, eticamente, que O ajudemos. Essa ajuda pode ser simplesmente fazer turismo ali, movimentando a economia, incentivando novos visitantes, expondo os problemas do local e exigindo melhores condições.

A aproximação entre os diferentes se dá com o reconhecimento de algumas semelhanças no Outro, o que levará ao acolhimento do seu semelhante e, desse acolhimento, nasce o reconhecimento mútuo que forma a comunidade. Tal reconhecimento coloca-nos como responsáveis pela vítima face ao sistema. E sendo responsável pela vítima, face ao sistema, devemos por obrigação ética, criticar esse sistema porque ele causa a exclusão, a opressão da vítima. (DUSSEL, 2007)

A libertação, portanto, consiste na desalienação das pessoas e na instauração de uma nova ordem fundada na ética, na sustentabilidade e no respeito à alteridade, com a ajuda do turismo.

 

Links 

 http://www.tucum.org/oktiva.net/2313/secao/21533

 http://www.amazoniacomunitaria.org/

 http://www.saudeealegria.org.br/turismo/

 http://www.turismosolidario.com.br/index.php

 http://www.aiesec.org.br/faca-intercambio/cidadao-global/#tab1

 http://www.visitmexico.com/pt-br/turismo-alternativo

 http://www.idealist.org/

 http://www.aventurahumanitaria.com

  Bibliografia

DUSSEL, Henrique. Ética da libertação: na idade da globalização e exclusão. 3ª. Ed. Petrópolis: Vozes, 2007.

KRIPPENDORF, Jost. Sociologia do turismo: para uma nova compreensão do lazer e das viagens. 3. ed. São Paulo: Aleph, 2009.

SANTANA, Agustín. Antropologia do Turismo: Analogias,Encontros e Relações. Trad. Eleonora Barreto. São Paulo: Aleph, 2009.

SANTOS, Milton.  Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal, Rio de Janeiro, Record, 2000.

ZAOUAL, Hassan. Do turismo de massa ao turismo situado: quais as transições?. Caderno virtual de turismo, volume 8, nº 2 ,2008

 

Turismo Adaptado no Brasil

Turismo Adaptado no Brasil

Por Cleici Pinheiro

O turismo está representando hoje no Brasil 2,6% do PIB nacional e está movimentando mais de 400 bilhões de dólares por ano. Só no turismo interno 80% da movimentação é do turismo. Esses números são facilidades que hoje as agencias proporcionam, com pacotes de baixo custo.

Mas você acha que é tão fácil viajar pra qualquer pessoa? Calcula-se que em todo o mundo existam 500 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, no Brasil são 24,5 milhões. Quais roteiros você conhece para essas pessoas?

Na cidade de Socorro, a 138 km de São Paulo, é um ótimo exemplo de roteiro adaptado. O Ministério do Turismo reconheceu por ser a cidade turística mais acessível no Brasil.

Também tem outras cidades que já estão investindo nessa área. Em Fortaleza já pode se encontrar locais como Teatros com rampas e visitas com educador para pessoas com deficiência visual e auditiva.

Já em São Paulo, na Pinacoteca tem exposições que tem catálogos em braile e em audioguias para pessoas com deficiência visual, além das rampas. O Teatro da Vivo tem peças de teatro que são traduzidas em libras.

Uma das maiores dificuldades é a acessibilidade para os deficientes viajarem. Nos aviões os assentos devem ser reservados com muita antecedência. Os taxis adaptados estão em falta nas grandes capitais. Um exemplo são as viagens de ônibus, as empresas de transporte rodoviário, a maioria deles não possui elevadores.

(Foto:Turismo Adaptado)

 De viver em seu dia a dia com esse e outros problemas a cadeirante e fonoaudióloga  Andrea Schwarz resolveu viajar com o seu marido nas principais capitais do Brasil.Dai  surgiu o guia Brasil para todos, “sempre gostei muito de viajar independente da minha deficiência. Por isso procurei guias brasileiros que trouxessem informações de turismo acessível, mas não havia nenhum”, diz Andrea.

 Para ela não existe cidades inacessíveis, mas algumas tem uma grau de facilidade e outras de dificuldades, “São Paulo está mais bem preparada com relação a condição dos estabelecimentos, já em Curitiba com a infra estrutura pública”, completa a fonoaudióloga.

      Outro exemplo é o Ricardo Shimosakai, Turismólogo e cadeirante, que se dedica à acessibilidade  no turismo brasileiro,  com a organização Turismo Adaptado e que trabalha com acessibilidade e inclusão de pessoas  com deficiência e mobilidade reduzida no lazer e turismo. Um enfoque pouco segmentado, pois mesmo assim o campo de trabalho é enorme, mas o objetivo maior é o turismo para todos. 

Para saber mais:

Guia Brasil para todos:  http://www.brasilparatodos.com.br/

Turismo Adaptado: http://turismoadaptado.wordpress.com/

Contemplação e Resgate as Origens

Contemplação e Resgate as Origens

Turismo rural comunitário favorece momentos de reflexão e aconchego

Por Ana Paula Moura
                              

 Você já teve oportunidade de conhecer uma comunidade rural? Caso positivo, pretende repetir a experiência? De início, a preparação das malas é deliciosa. Roupas confortáveis, sapatos velhos macios, chapéu com abas largas, óculos de sol e protetor solar. Basta! Esqueça os sapatos apertados, roupas justas e bolsas. Venha curtir a natureza! Sentar em qualquer lugar, fechar os olhos e sentir o sol aquecendo seu rosto e o vento soprando levemente o seu ouvido. Ao tocar na vegetação, procure sentir a textura das folhas e flores. Deixe o cheiro da terra molhada pelo orvalho misturado com o perfume das flores entrar em suas narinas e, ao abrir os olhos, perceba na casa distante a fumaça do fogão à lenha, imaginando a iguaria que será servida. Sem preconceitos, sem horário, sem questionamento, sem cobranças....

Para aqueles que não se importam em acordar cedo, sugiro acompanhar o morador para tirar o leite da vaca. Bem cedinho, quando ainda tem nevoeiro em toda parte. Ao voltar, tome um café da manhã preguiçoso, aquele em que a gente come pão de queijo assado no forno à lenha, conversa, ri, come um pedaço de bolo de fubá quentinho com queijo fresco, enquanto o vizinho se aproxima para fazer parte da prosa.

Ah! As conversas prolongadas também estão presentes à noite, acompanhadas de música ao vivo, pois todos têm violão em casa prontos para uma reunião com a família e os amigos.

Mas, se você acordar com disposição para práticas esportivas, ali é o local ideal. Dezenas de cachoeiras, corredeiras, formações montanhosas e rochosas possibilitam a prática de escalada, rapel, acqua ride, canoagem, mini raffting, duck, rapel em cachoeira, tirolesa, cavalgadas, ciclismo de montanha, arborismo infantil, vôo livre (asa delta e parapente), passeios 4x4, pesca esportiva, caminhadas e travessias. Tais práticas são possíveis fazer tanto no verão quanto no inverno.

Este lugar existe! Itamonte, sul de Minas Gerais, no alto da Serra da Mantiqueira. Grande parte de seu território é preservado devido à presença do Parque Nacional de Itatiaia, do Parque Estadual Serra do Papagaio e pela APA (Área de Preservação Ambiental) Serra da Mantiqueira. Faz parte do Caminho Velho da Estrada Real e do histórico trajeto da Volta do 80.

Foto: Ana Paula Moura

O clima é tropical, com invernos rigorosos (temperatura de até 5º graus negativos) e verões amenos (atingindo até 25º positivos).

O lugar é lindo. A natureza preservada, agraciada com muita água corrente, ideal para as trutas que lá vivem. As pessoas complementam este lugar encantador. Basta conversar cinco minutos com o nativo para despertar o interesse em conhecer tudo que o local oferece e prolongar os dias de lazer.

Além da típica culinária mineira de fogão à lenha, os nativos utilizam a truta e o pinhão em suas receitas. Já comi farofa de pinhão com carne suína, e uma sobremesa deliciosa: bombom de pinhão. Simplesmente, magnífico!

Mas, se estiver ainda pensando no bolo de fubá, aqui está a receita:

Enfim, Itamonte estimula práticas esportivas e proporciona uma rara sensação de fazer parte da natureza.

 

Foto: Ana Paula Moura

Venha Conhecer! 

Possíveis caminhos:

São Paulo - Via Dutra até saída em Cachoeira Paulista ou Cruzeiro - BR 116/MG-158 até o Trevo de Capivari - BR 354 a direita até Itamonte.

Rio de Janeiro - Via Dutra até saída 330 A - Engenheiro Passos - BR 354 até Itamonte.

Belo Horizonte - Rodovia BR 381 - Fernão Dias até saída - Campanha - Rodovia BR 267 - Vital Brasil até Caxambu, depois BR 354 até Itamonte.

Para saber mais:  http://turismo.itamonte.mg.gov.br/  www.itamonte.mg.gov.br/tur/turaventura.htm

http://www.guiaturestradareal.com.br